Atividades que exigem pouco esforço podem ser tão benéficas para os mais velhos quanto exercícios moderados ou intensos, aponta uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos. Pesquisadores mostram que praticar cerca de cinco horas de exercícios leves durante a semana pode melhorar a saúde de pessoas com mais de 65 anos.
Qualidade de vida dos idosos depende da própria autoavaliação
Em geral, as pessoas mais velhas evitam práticas que exigem mais esforço, principalmente por medo de lesões. Além disso, as atividades mais leves não exigem aprovação de um profissional responsável por avaliar fisicamente a resistência das pessoas. Ao considerar essas afirmações, os pesquisadores decidiram se basear em outras indagações já existentes para descobrir se praticar exercícios leves, com mais frequência, pode resultar em efeitos similares às atividades que exigem mais dos indivíduos.
Brad Cardinal, professor da Universidade do Estado de Oregon e autor do estudo, afirma que a equipe descobriu benefícios significantes para a saúde do idoso que dedica ao menos 3% das 24 horas diárias a algum tipo de atividade leve.
Atividade física pode ajudar a saúde mental de idosos
A pesquisa analisou dados dos anos de 2003 a 2006, da National Health and Nutrition Examination Survey, uma amostra representativa da população norte-americana.
De acordo com os resultados, idosos que se exercitaram por cinco horas semanais se mostraram 18% mais saudáveis, de forma geral. Esses indivíduos apresentaram índice de massa corporal (IMC) mais baixo, circunferência do abdômen menor e melhora nas taxas de insulina, além de serem menos propensos a desenvolver doenças crônicas.
- Em vez de atender o telefone e permanecer sentado, caminhe enquanto fale. Pequenas atitudes já ajudam a melhorar os níveis de atividade - indica Paul Loprinzi, autor principal do levantamento.
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As conclusões, publicadas no American Journal of Health Promotion, fazem parte de um corpo de evidências que sugere que atividades leves podem trazer benefícios para a saúde, embora mais levantamentos precisam ser feitos para aprofundar essa relação.
- Fazer pouca coisa ainda é melhor que fazer nada - acrescenta Cardinal.