A agência americana que regula os medicamentos examinará novamente nesta semana um pedido de comercialização da flibanserina que, caso seja aprovada, será a primeira pílula para aumentar a libido feminina no mercado.
Dois pedidos anteriores já foram modificados porque sua eficácia foi considerada muito modesta em comparação com o placebo. Além disso, a flibanerina, apelidada de "viagra rosa" ou "viagra feminino" e destinada a mulheres sem menopausa, produz efeitos colaterais não desprezíveis, como náuseas, enjoos e sonolência.
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O comitê de consultas formado por especialistas independentes e convocado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês) acompanhará nesta quinta-feira apresentações e estudos clínicos e ouvirá testemunhos de especialistas e de grupos de defesa das mulheres. Ao fim do dia, está prevista uma votação para recomendar ou não o medicamento à FDA, que geralmente segue o conselho destes comitês.
Em 2010, a agência rejeitou um primeiro pedido. Imediatamente depois, a flibanserina foi vendida por seu desenvolvedor inicial, o laboratório alemão Boehringer Ingelheim, à empresa americana Sprout Pharmaceuticals.
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Depois de ter levado em conta várias deficiências apontadas pela FDA, a Sprout apresentou uma nova fórmula em 2013, que foi rejeitada mais uma vez. A agência americana sustentou que a reduzida diferença de eficácia da flibanserina com o placebo não justificava os riscos implícitos no consumo do medicamento.
Para esta terceira tentativa, a Sprout Pharmaceuticals apresentou novos dados, incluindo um estudo que mostra que o medicamento não afeta a capacidade das mulheres de dirigir.
*AFP