Pessoas que são divorciadas têm mais risco de sofrer um ataque cardíaco do que aquelas que permanecem casadas. É o que revelou uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. As mais afetadas são as mulheres: aquelas que se divorciaram mais de uma vez são 77% mais propensas a ter ataque do coração do que as nunca se separaram.
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De acordo com o estudo publicado na revista científica Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, mesmo entre as mulheres que se casam novamente o estresse do divórcio mantém elevado o risco de problemas cardíacos.
- O divórcio é um grande estressor, e a ciência já demonstrou que ele gera más consequências para a saúde. Este é um dos primeiros estudos a analisar os efeitos cumulativos da separação em um longo período e descobrimos que eles são duradouros - disse Matthew Dupre, principal autor da pesquisa.
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Os pesquisadores acompanharam mais de 15 mil pessoas durante 18 anos. No início do estudo, 14% dos homens e 19% das mulheres tinham se divorciado. No fim, mais de um terço das pessoas tinham se separado pelo menos uma vez. Mulheres que se divorciaram uma vez tiveram 24% mais probabilidade de sofrer um ataque cardíaco do que as que continuaram casadas.
O índice subiu para 77% nas que se divorciaram em mais de uma ocasião. Esse risco é comparável ao de hipertensos e diabéticos, que são, respectivamente, 73% e 81% mais propensos a ter problemas cardíacos.
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Segundo Dupre, os motivos pelos quais o divórcio aumenta o risco de um ataque cardíaco não foram investigados. No entanto, outros estudos podem dar pistas: mudanças dramáticas na vida podem impactar a estabilidade financeira e social, causando picos de cortisol (hormônio do stress) e, consequentemente, elevando a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue. Esses fatores são prejudiciais à saúde, principalmente do coração.