Nesta quinta-feira, é comemorado o Dia Nacional de Controle do Colesterol. A data, que existe há 10 anos, tem como objetivo conscientizar a população sobre as doenças decorrentes da elevada taxa de colesterol no sangue, formas de prevenção e tratamento.
Atualmente, cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol alto. Segundo dados do Ministério da Saúde, 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência de infartos e derrames. Os adolescentes de 14 a 18 anos são os que mais ingerem alimentos ricos em colesterol, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a nutricionista Natana Martins, o colesterol é a matéria-prima de moléculas muito importantes para o funcionamento do nosso corpo. É a partir dele que se produz vários hormônios, como os sexuais - testosterona e estradiol - e o cortisol. Ele também é responsável pela produção de vitamina D, que é muito importante para a absorção do cálcio e a consequente manutenção da saúde óssea.
O colesterol total é composto de dois tipos de moléculas, o LDL, popularmente conhecido como colesterol ruim e que, em excesso, é responsável pelo entupimento das artérias, e o HDL, o colesterol bom, que impede o depósito de gordura nas artérias.
Natana explica que uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e bons hábitos de vida, como evitar bebidas e cigarros, são o primeiro passo para manter um coração saudável.
- Entretanto, seja por recomendação médica ou por precaução, muitas pessoas fazem uso da suplementação para manter o colesterol sob controle. Isso acontece devido a correria do dia a dia, pela falta de tempo ou apenas para garantir uma vida mais saudável - complementa.
Mitos e verdades
Há vários mitos sobre o colesterol, e a ingestão de gordura é um deles. A principal característica das doenças cardiovasculares é o acúmulo de placas de gordura nas artérias ao longo dos anos, o que impede a passagem do sangue.
Uma dieta rica em carboidratos rápidos pode ser fatal ao coração e estar associada a outras doenças, como obesidade e diabetes. Por isso, reduzir a gordura ingerida regularmente é uma atitude importante de prevenção, que deve ser combinada com a adoção de práticas saudáveis de alimentação e exercícios físicos.
Uma pesquisa da Harvard School of Public Health, da Universidade de Harvard, mostra que a quantidade total de gordura na dieta não está diretamente relacionada com o peso ou doenças. O que realmente importa é o tipo de gordura. As ruins - trans e saturadas - potencializam o risco para doenças cardiovasculares.
A pesquisa de Harvard aponta, ainda, que os obesos tendem a substituir a gordura por alimentos cheios de carboidratos facilmente digeríveis, como pão branco, maionese, batata-frita e bebidas açucaradas. Com o tempo, estes carboidratos podem aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes, tanto ou mais do que comer gorduras ruins.
- O efeito desta dieta é tão nefasto para o coração quanto ingerir excesso de gordura saturada e é ainda pior para quem está gordo ou é sedentário - adverte o diretor do Centro de Recuperação e Estudo da Obesidade (CREEO), Marcelo Kessler.
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