Reinaugurado em 21 de outubro após uma reforma de três meses, o Hospital Porto Alegre ainda não iniciou os atendimentos em 50 leitos clínicos via Sistema Único de Saúde (SUS) por falhas nas documentações. É a terceira vez que isso ocorre e não há previsão para a liberação.
A reportagem de Zero Hora visitou o local, na rua Antônio Francisco da Rocha, no bairro da Azenha, nesta quinta-feira (14). Mesmo com estrutura pronta, o hospital ainda não recebe nenhum paciente.
Na quarta-feira (13), a gestora S3 obteve a renovação do registro do Hospital Porto Alegre na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que regula o acesso à saúde pública no Estado. Agora, aguarda assinatura do contrato com a prefeitura da Capital para começar a receber pacientes em 50 leitos clínicos destinados ao SUS.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no entanto, ainda há necessidade de cumprimento de requisitos sanitários obrigatórios para habilitação mínima da contratação dos leitos. Com isso, ainda não há previsão dos atendimentos começarem.
A instituição afirma que seguirá enviando todos os documentos solicitados pela pasta. Essa é a terceira vez que o processo esbarra em documentos incorretos desde que a nova gestora retomou atividades no prédio. A instituição foi reinaugurada no mês passado após ter atividades interrompidas para reforma.
Ao todo, 60 funcionários já foram contratados e há outros 20 em cadastro para convocação futura. A instituição foi reformada e tem capacidade máxima estimada entre 120 e 130 leitos clínicos.
Como será a retomada
Inicialmente, o local funcionará como hospital de retaguarda, recebendo apenas pacientes para os leitos via SUS encaminhados pelo município. O objetivo é ampliar o serviço para mais 40 leitos clínicos e oito de UTI, todos privados. Não haverá serviço de pronto-atendimento.
— Queremos focar na baixa e médica complexidade, que são os maiores gargalos do SUS. Pelo porte que tem o hospital, não temos motivo para atuar na alta complexidade, que já tem um sistema muito melhor servido na cidade — afirma o diretor regional do hospital, Gerson Silva.