O Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, assumiu a gestão do Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha, na madrugada desta segunda-feira (8). Ao contrário da mudança em Alvorada, a transição da Fundação Universitária Cardiologia para a nova administradora ocorreu sem protestos e sem prejuízos aos pacientes.
Na última sexta-feira (5), trabalhadores de cinco sindicatos decidiram suspender a greve para facilitar o processo de transição. Os profissionais desligados da FUC cobram valores rescisórios que podem chegar a R$ 20 milhões. Uma ação tramita no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.
Apesar de não ser o responsável pelas rescisões, o Ana Nery se comprometeu a contratar funcionários desligados da antiga gestão, o que facilitou o processo de transição.
— Há um compromisso da manutenção de todos os trabalhadores, o que pra nós é muito importante. Então ocorreu tudo da forma que a gente imaginava — avaliou Julio Jesien, presidente do Sindisaude.
Ainda conforme Jesien, a presença dos órgãos de governo e sindicatos possibilitou uma mudança sem transtornos aos pacientes.
— Quando chegou meia noite, estava lá o Executivo do município, estava lá o parte do Legislativo do município, como também estava o Estado do Rio Grande do Sul. Todos esses entes estavam presentes, né? — disse.
Na manhã desta segunda-feira, GZH esteve em frente ao hospital. Um paciente que entrou pela emergência na madrugada relatou que o atendimento foi tranquilo.
— Cheguei aqui e fui atendido. Agora estou indo para casa — disse o homem que não quis ser identificado.
GZH também conversou com familiares de pacientes internados que relataram que a transição passou praticamente despercebida internamente e com paciente que aguardava exame de sangue no laboratório, que da mesma forma abriu sem transtornos nesta manhã.