Os dois maiores municípios do Vale do Sinos adotaram novos planos de combate à dengue nesta semana. Depois de Novo Hamburgo confirmar a oitava morte e São Leopoldo a sétima, as prefeituras adotaram ações para controlar a disseminação do mosquito Aedes aegypti.
Em Novo Hamburgo, o atendimento preventivo foi reforçado. Na quarta-feira (3) a Secretaria Municipal da Saúde abriu o quarto ponto de hidratação, na UPA Centro, para pacientes com dengue. Em entrevista a Rádio Gaúcha, o secretário da Saúde de Novo Hamburgo, Marcelo Raidel, explicou a importância dos pontos de hidratação.
— Pacientes com dengue precisam de hidratação. Quando os sintomas começam, a maior recomendação é que haja hidratação excessiva — explica.
Além disso, agentes de saúde e soldados do Exército fazem, diariamente, visitas domiciliares, recolhimento de entulhos depositados irregularmente e aplicação de inseticida em áreas de risco.
Raidel ainda faz um apelo à comunidade.
— Se tiver sintomas, por menor que sejam, procure uma unidade de saúde. Nós temos 25 unidades disponíveis à população. A dengue é um problema de todos — convoca.
Já São Leopoldo adotou medidas de atendimento, além da prevenção. A secretária de Saúde, Andréia Nunes, relata que o decreto municipal de situação de emergência vigora desde fevereiro.
— Nós estamos com atendimento em unidades básicas de saúde, de segunda a sexta, além de unidades que abrirão no sábado. — diz, se referindo às unidades dos bairros Brás, Vicentina, Padre Orestes e Scharlau.
Andreia também cita os 23 pontos criados para atendimento de pessoas com dengue.
— Viemos trabalhando com a qualificação de profissionais e outras ações associadas ao combate — explica.
A secretária também pede auxilio da comunidade para o combate à doença.
— Na fase em que estamos, nós precisamos muito do apoio da população: 75% das contaminações acontecem dentro da própria casa. O combate ao mosquito não é um trabalho apenas do administrativo, mas uma colaboração entre nós e a comunidade — finaliza.