Fotos de um bebê usando um cigarro eletrônico se tornaram virais nas redes sociais nessa semana. As imagens teriam sido divulgadas a partir de um grupo do WhatsApp. Posteriormente, foram compartilhadas no X (antigo Twitter), alcançando mais de 12 milhões de visualizações. As informações são do jornal O Globo.
"Vapes estão arruinando essa geração. Por que os pais estão achando que isso é normal?", diz a legenda do post. Não há informações das fotos serem falsas.
O uso persistente de cigarros eletrônicos por apenas um mês pode resultar em problemas respiratórios graves em adultos. Para crianças em fase de desenvolvimento, o risco pode ser ainda mais significativo.
Riscos para a saúde
Cientistas do Centro de Pesquisa em Tabaco da Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine, ambos nos Estados Unidos, revelaram que os usuários de cigarros eletrônicos por 30 dias apresentaram um risco 81% maior de experimentar chiado no peito. Além disso, esse grupo demonstrou um risco 78% maior de sentir falta de ar e um risco 50% maior de desenvolver sintomas de bronquite.
Em apenas um mês de uso de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como vapes, podem surgir problemas respiratórios graves, mesmo em indivíduos jovens e saudáveis, que compõem o público principal desses produtos.
No Brasil, todos os tipos de DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar), incluindo vapes, pods, julls e até pendrives, são proibidos desde 2009.
Aumento na probabilidade de infarto
De acordo com um documento lançado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o consumo regular de cigarros eletrônicos aumenta em 1,79 vez a probabilidade de infarto. O relatório traz diversas evidências científicas para demonstrar que os cigarros eletrônicos não servem como via alternativa e menos prejudicial à saúde para dependentes de nicotina.
A pesquisa da SBC aponta que o uso de DEFs também impacta na incidência de aterosclerose, por conta dos vários componentes químicos presentes nos cigarros eletrônicos, como nicotina, propilenoglicol, partículas, metais pesados e aromatizantes. Essa condição pode ampliar significativamente a ocorrência de doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).