O governo do Estado demonstrou preocupação com a identificação das novas subvariantes do coronavírus (BQ.1 e BE.9), mas não julgou necessário emitir avisos ou alertas para as regiões. Dados referentes às cepas com alta capacidade de transmissão foram apresentados durante a reunião do Grupo de Trabalho do Gabinete de Crise que trata de assuntos da pandemia e é coordenado pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, realizada na tarde desta quarta-feira (23).
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), os números de casos positivos acumulados a cada sete dias triplicaram no Rio Grande do Sul nas últimas três semanas, passando de cerca de 1 mil no início de novembro, para os atuais 4,6 mil. Nas internações, também houve aumento: em leitos clínicos subiram de 78 para 181 e, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), de 20 para 36. Os óbitos, entretanto, não apresentam elevação significativa.
Pedro Zuanazzi, diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), esclareceu que o momento é de atenção, mas ainda não requer a emissão de avisos ou alertas para as regiões:
— Não foram emitidos avisos porque que os números ainda se mostram aquém de outros momentos da pandemia. Se replicarmos as taxas de internações de outros países que tiveram a incidência da BQ.1, não veremos picos semelhantes ao que tivemos em 2020 e 2021. Mas manteremos o monitoramento caso a perspectiva se altere.
A secretária-adjunta da SES Ana Costa destacou que completar o esquema vacinal é a principal medida para reduzir as contaminações e os efeitos da pandemia. A pasta prepara uma nota técnica para orientar que a população reforce outros cuidados contra a doença, como o uso de máscara em ambientes fechados, poucos ventilados e em transportes coletivos, principalmente por pessoas mais suscetíveis à doença.