A véspera do Dia das Crianças foi uma festa antecipada para 88 pequenos internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Na manhã desta terça-feira (11), eles receberam a visita de cinco super-heróis alpinistas, que desceram a fachada da instituição e interagiram com os pacientes. A ação, inédita no hospital, provocou correria, gritos de alegria e muitas fotos.
Os heróis chegaram por volta das 10h30min. Antes disso, no entanto, os pequenos, seus acompanhantes e profissionais de saúde já se organizavam no corredor. Muitos bebês foram levados no colo pelas mães, e algumas crianças, sentadas em cadeirinhas, aguardavam em frente às janelas, ansiosas.
Quando a ação começou, no entanto, o cenário mudou: todos correram para perto da janela ao longo do 10° andar para ficar pertinho dos famosos heróis, que abanavam do lado de fora do vidro. As fantasias foram facilmente reconhecidas pelos anfitriões:
— Vi o Homem-Aranha, o Capitão América, o Homem de Ferro, o Batman e a Ladybug. A que eu mais gosto é a Ladybug — contou Manuela Rodrigues Costa, quatro anos, que estava acompanhada pela mãe, a dona de casa Aline Franciane Anschau Rodrigues, 32.
Ela está há cerca de 20 dias no Hospital de Clínicas.
Por alguns minutos, os heróis alpinistas interagiram com as crianças pela janela. Depois, desceram até o nono andar, onde fica a internação psiquiátrica pediátrica. Após a descida de rapel, os pequenos acompanharam uma apresentação musical e, depois, receberam, de pertinho, a visita dos super-heróis. Os alpinistas levaram presentes para comemorar o 12 de Outubro.
— Olha, vem com canetinha! — apontou Gustavo Coelho dos Santos, seis anos, que, vestido com um casaco do Batman, recebeu uma almofadinha para pintura. Morador de Gravataí, ele estava ao lado da mãe, a dona de casa Daiane Machado Coelho, 28, e internado há cerca de 10 dias.
A ação foi viabilizada pela M. A. Alpinismo Industrial, que voluntariamente ofereceu a atividade. O chefe da unidade de internação pediátrica do Clínicas, Guilherme Guaragna, conta que há crianças internadas há meses ou há mais de ano. Assim, ações como essa “dão um gás” e trazem alegria aos pacientes:
— Tudo que a gente consegue ter de recreacional, especialmente nesses momentos comemorativos, é um bálsamo para uma criança que às vezes está longe da família. Não é porque a criança está fazendo um tratamento que vai deixar de ser criança.