A atriz Paloma Duarte relatou nesta sexta-feira (30) nas redes sociais que recebeu o diagnóstico de endometriose. Na postagem, ela citou outras famosas que receberam o diagnóstico recentemente como Anitta e Larissa Manoela.
A endometriose atinge 176 milhões de mulheres em todo o mundo. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose afeta cerca de 10% da população feminina brasileira, sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos de idade.
"Tem dias que é muito difícil lidar com o diagnóstico, tem dias que acordo e choro. Meu caso é cirúrgico e apesar do procedimento ser pouco invasivo, a cirurgia me abala de muitas formas", disse Paloma Duarte na postagem.
A doença ocorre quando células do endométrio - o tecido que reveste o útero - que deveriam ser expelidas durante a menstruação se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal. O ultrassom pélvico e transvaginal e a ressonância magnética são os principais métodos por imagem para detecção da endometriose.
Já o tratamento para a endometriose pode ser clínico, para aliviar os sintomas de dor e melhorar a qualidade de vida da paciente. Também podem ser indicados medicamentos para bloqueio da ovulação. O problema costuma regredir espontaneamente com a menopausa. Cirurgias são uma alternativa quando o tratamento clínico for ineficaz ou em situações específicas, como lesões maiores.
Diagnóstico pode demorar
Apesar da frequência com que acomete mulheres em idade reprodutiva, a endometriose pode demorar a ser diagnosticada: a média estimada de tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico definitivo é de aproximadamente sete anos, segundo documento da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) de 2021.
No caso de Anitta, por exemplo, foram "nove anos de sofrimento", segundo a artista relatou. As dores eram intensas após relações sexuais e, conforme a artista, foram feitos vários exames para detectar a presença de bactérias - todos negativos. A confirmação de endometriose veio após uma ressonância.
Os principais sintomas da endometriose são cólica, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual no momento da penetração, alterações intestinais e urinárias durante a menstruação e infertilidade. Os sintomas podem ser mascarados pelo uso contínuo de anticoncepcionais e atribuídos a cólicas menstruais comuns - o que dificulta o diagnóstico.
O que é
A endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio - tecido que reveste o útero - que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e a causar sangramentos.
Sintomas e diagnóstico
A dor é o principal sintoma da endometriose. Ela tende a ser persistente e não melhora com o uso de medicamentos analgésicos. A dor foi o alerta de Paloma Duarte. "São mais de 8 milhões de mulheres no Brasil com a doença! Eu demorei muito a perceber os sintomas e levar a sério. Só quando a dor ficou insuportável que fiz a ressonância", disse Paloma no depoimento nas redes sociais.
Dores na região lombar, durante as relações sexuais e ao urinar ou evacuar também podem ser indicativos da doença. A infertilidade é outro fator determinante para sinalizar a doença.
A orientação é que as cólicas não sejam desprezadas. A indicação é sempre relatar as dores ao médico e investigar sua origem. Como não aparece no ultrassom e nem no exame preventivo, ao apresentar tais sintomas, o médico deve requisitar uma ultrassonografia ou ressonância especializada.
Prevenção
A prevenção passa, obrigatoriamente, pela suspensão da menstruação, o que significa utilizar contraceptivos orais de forma continuada. Na adolescência, a recomendação é investir em uma alimentação saudável e exercícios físicos.
Para aliviar as dores, a fisioterapia pode ser indicada, com técnicas como alongamentos, liberação miofascial, eletroterapia e biofeedback, método que torna o assoalho pélvico visível para a mulher trabalhar o relaxamento da musculatura da região.