O câncer colorretal, que abrange todos os tumores que acometem o intestino grosso (o cólon) e o reto, como o diagnosticado em Simony, é o segundo tipo mais frequente em mulheres e homens no Brasil, sem considerar os tumores de pele não-melanoma. Aos 46 anos, a cantora revelou a doença na quarta-feira (3), ao lado de seu médico, por meio de um vídeo publicado em seu perfil no Instagram.
De acordo com o oncologista Fernando Maluf, o tumor está localizado na parte final do intestino, próximo à região do ânus, e é chamado de epidermoide. Simony contou que a descoberta da condição ocorreu a partir de um exame de rotina, a colonoscopia, por conta de uma íngua que apareceu em seu corpo. O tratamento envolve quimioterapia e radioterapia.
Sobre a doença
O câncer colorretal corresponde a um dos tumores malignos mais letais e mais frequentes no mundo. A doença é agressiva e, na maioria dos casos, também é silenciosa e assintomática — o que dificulta o diagnóstico precoce, que é fundamental para um tratamento efetivo.
A maioria dos tumores no intestino grosso e no reto surge a partir de lesões benignas, os chamados pólipos, que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Quando essas lesões são removidas antes do se tornarem malignas, o câncer pode ser evitado. É um tipo tratável e, quando diagnosticado precocemente, pode ser curado em até 70% dos casos.
Diagnóstico
Dois exames podem identificar precocemente o câncer colorretal: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. O primeiro deve ser feito anualmente por todas as pessoas com mais de 50 anos. Caso algo seja identificado, é recomendada a realização da colonoscopia, um exame de imagem que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo terminal (final do intestino delgado). Caso haja histórico da doença na família, é recomendado buscar orientação médica antes dos 40 anos.
Sintomas e sinais de alerta
Quem tem mais de 50 anos deve procurar ajuda médica caso apresente anemia de origem indeterminada ou suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue. Mudanças no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), desconforto abdominal como gases ou cólicas, sangramento nas fezes, sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação também são sinais de alerta.
Também pode ocorrer perda de peso sem razão aparente, cansaço, fezes pastosas de cor escura, náuseas, vômitos e sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar.
Prevenção
As causas das lesões que dão origem ao câncer colorretal ainda são desconhecidas, mas alguns fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o surgimento da doença.
A recomendação do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para se proteger é realizar atividades físicas e consumir alimentos ricos em fibras como frutas, hortaliças (legumes e verduras) e cereais integrais, além de evitar (ou reduzir) o consumo de carne vermelha, carnes processadas (como mortadelas, presuntos, salsichas, linguiças), bebidas alcoólicas e o tabagismo. Realizar os exames preventivos após os 50 anos (ou antes dos 40 para quem tem casos na família) também é fundamental.