O governo estadual informou, nesta quarta-feira (24), que escolas públicas e privadas poderão ser espaços para a vacinação de crianças contra a covid-19 e a poliomielite no Rio Grande do Sul. A medida havia sido autorizada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e começa na próxima quarta-feira (31).
No início da mobilização, não serão todas as instituições de ensino com vacinas disponíveis: apenas algumas escolhidas pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). A pasta ainda não divulgou detalhes de como a aplicação será feita nem a lista das escolas participantes. A ideia, segundo a SES, é que os dois imunizantes (contra a covid e a poliomielite) sejam oferecidos em todas as instituições de ensino onde houver imunização.
O motivo para a ampliação dos pontos é a baixa cobertura vacinal contra a covid-19 de crianças com idades entre cinco e 11 anos. Dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) indicam que 68% desse público tomou a primeira dose, e apenas 47% foi imunizada com a segunda.
Já sobre a pólio, o governo gaúcho quer ampliar os pontos de aplicação devido à campanha nacional de combate à doença que ocorre até 9 de setembro. Até o momento, segundo a SES, 150 mil crianças foram imunizadas contra a pólio no Estado, o que representa 27% do total dos indivíduos com idades entre um a quatro anos.
As equipes das unidades básicas de saúde (UBS) deverão avaliar as cadernetas dos alunos e as prefeituras organizarão as agendas para a visitação às escolas, com a oferta das doses necessárias. Na hora da aplicação, pais ou responsáveis precisarão estar presentes na instituição de ensino. Apenas poderão se imunizar na escola os alunos matriculados na respectiva instituição de ensino.
Cidades como São Leopoldo, no Vale do Sinos, e Santa Maria, no centro do Estado, já imunizam crianças no ambiente escolar.
A mobilização, que tem não data de término prevista, é apoiada pela Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, Conselho Estadual de Educação, Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação e o Ministério Público do Estado.