Com a chegada do frio e a diminuição dos locais com foco do mosquito Aedes aegypti, Porto Alegre retornou ao nível zero do plano de contingência da dengue. Com isso, a prefeitura deixa de publicar semanalmente de boletins epidemiológicos, mas segue mantendo as medidas de controle e vigilância das doenças provocadas pelo Aedes– dengue, zika e chikungunya.
Ao longo dos próximos dias, também haverá mudança nos locais onde ficam parte das 910 armadilhas espalhadas pelos bairros da cidade. A previsão é que até o final do agosto o ajuste esteja concluído para a retomada do monitoramento.
No último boletim divulgado na terça-feira (12), houve revisão no número de casos confirmados desde o início do ano. O painel apontava 3.201, sete a menos do que o boletim da semana anterior.
Em relação aos óbitos, Porto Alegre tem quatro registros em todo 2022. No Estado, são 64 mortes este ano, sendo as duas últimas vítimas confirmadas na quarta-feira (13), em Lajeado, no Vale do Taquari, e outra em Independência, no Noroeste.
Os níveis de alerta
Porto Alegre trabalha com quatro níveis de reposta no combate à dengue, definidos conforme o número de ocorrências e infestação da doença. Eles vão do zero, quando há poucos casos confirmados e poucos locais com infestação do mosquito, ao nível três. Desde o dia 8 de abril, quando houve aumento na confirmação de casos e um paciente em situação grave, a cidade estava no nível dois.
Diferentemente do nível zero, outros níveis exigem intensificar ações de prevenção ao mosquito, como a procura por pacientes assintomáticos e possíveis vetores da doença, além de emitir boletins periódicos. Em contextos mais críticos, é possível traçar planos que envolvem desde a contratação de profissionais, regulação de leitos hospitalares e emissão de alerta.
Em nenhum momento Porto Alegre alcançou o nível três. A Capital só saiu do nível crítico na última terça-feira.