A Comissão Europeia e o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic anunciaram nesta terça-feira (14) que fecharam um contrato para a compra de mais de 100 mil doses de vacina contra a varíola dos macacos, detectada em 19 países-membros, além da Noruega e Islândia.
O acordo refere-se à venda de 109.090 doses para países europeus, especifica a Comissão em comunicado. Embora em quantidades menores, a compra é nos mesmos moldes da aquisição de imunizantes contra a covid-19.
Comercializada sob o nome Imvanex na Europa, Jynneos nos Estados Unidos e Imvamune no Canadá, o produto é uma vacina de terceira geração (não se replica no corpo humano) autorizada na Europa desde 2013 e indicada contra a varíola em adultos.
A agência reguladora europeia (EMA) anunciou, no início de junho, que havia iniciado negociações com a Bavarian Nordic para eventualmente ampliar seu uso contra a varíola dos macacos.
A doença, que não costuma ser mortal, pode causar febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios linfáticos inchados, calafrios e fadiga. Depois aparecem erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e crostas. Seus sintomas geralmente desaparecem dentro de duas a três semanas.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirma três casos da doença (dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 8 de junho, o número de casos confirmados da doença era de 1,3 mil no mundo em países não endêmicos. A varíola do macaco é endêmica em 11 países da África Ocidental e na África Central.