O governo de São Paulo confirmou o segundo caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente é um homem de 29 anos que viajou recentemente para a Europa e agora está isolado em sua casa, localizada em Vinhedo, no interior do Estado. Na última quinta-feira (9), o governo paulista confirmou o primeiro caso da varíola dos macacos no país, dessa vez na capital paulista. Um terceiro caso suspeito é monitorado.
O governo de São Paulo classifica o caso como importado. Isso porque o paciente viajou para Portugal e Espanha e teve os sintomas e as primeiras lesões na pele ainda na Europa.
O resultado positivo da doença, porém, só foi confirmado por um laboratório espanhol após o desembarque do paciente no Brasil, ocorrido na última quarta-feira (8).
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a Vigilância Epidemiológica de Vinhedo monitora o caso e os contatos próximos do paciente. O acompanhamento é feito em parceria com o governo do Estado.
Além dos dois casos confirmados, o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) estadual e a Prefeitura de São Paulo também investigam desde a semana passada o caso suspeito de um outro paciente, uma mulher de 26 anos, também moradora da capital paulista.
Varíola dos macacos
O primeiro caso europeu da varíola dos macacos foi confirmado ainda em 7 de maio, em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a doença é endêmica. Desde então, países como Estados Unidos, Canadá e Austrália confirmaram casos.
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida por contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. Dias após o início desses sintomas, os pacientes desenvolvem ainda lesões de pele, que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto ou regiões genitais.