Em meio à mais nova onda de casos de covid-19 no Rio Grande do Sul, o tempo de isolamento para quem recebeu resultado positivo segue variando conforme a situação vacinal de cada indivíduo. As orientações válidas para os gaúchos estão na nota informativa do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria Estadual da Saúde (SES), publicada em 22 de abril deste ano.
O Estado considera com status vacinal completo aquela pessoa que recebeu três doses ou duas da Janssen. Quem tem menos de 18 anos e não tomou duas doses ou tem mais de 18 e está com o reforço atrasado entra na classificação de status vacinal incompleto ou em atraso. Já o não vacinado é aquele indivíduo que não recebeu nenhuma aplicação de vacina contra o coronavírus.
A recomendação é que pessoas com status completo fiquem em isolamento por sete dias, enquanto aqueles com esquema incompleto, em atraso ou não vacinados devem permanecer afastados por até 10 dias – tempo que pode ser reduzido a partir de uma avaliação do profissional de saúde. Para pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou imunossuprimidos, a orientação é de 20 dias.
O tempo inicia a partir do primeiro dia de sintomas ou, se a pessoa estiver assintomática e com teste positivo, a partir do dia do exame. Não há recomendação de nova testagem para liberação após o período do isolamento, com exceção dos profissionais de saúde que, em situações de sobrecarga nos serviços, poderão ser testados no quinto dia para retorno, caso estejam assintomáticos há 24 horas.
Confira como são as orientações:
Pessoas com esquema vacinal completo
Sintomáticas: isolamento de sete dias após o início dos sintomas e 24 horas sem sintomas.
Assintomáticas: isolamento de sete dias após a coleta do teste positivo.
Pessoas com esquema vacinal incompleto, em atraso ou não vacinadas
Sintomáticas: isolamento de até 10 dias a partir do início dos sintomas e 24 horas sem sintomas, podendo ser reduzido conforme a avaliação do profissional de saúde.
Assintomáticas: isolamento de até 10 dias a partir da coleta do teste positivo, podendo ser reduzido conforme a avaliação do profissional de saúde.
Pessoas com SRAG ou imunossuprimidas
Sintomáticas: isolamento de 20 dias a partir do início dos sintomas e pelo menos 24 horas sem febre e melhora dos sintomas relacionados à covid-19.
Assintomáticas (no caso das imunossuprimidas): isolamento de 20 dias, conforme avaliação de risco que deve ser feita por um profissional de saúde, informa a SES.
Esclareça outras dúvidas
Não tenho status vacinal completo, tive contato com um caso confirmado de covid-19 e estou assintomático. O que fazer?
Mesmo sem sintomas, o governo do Estado recomenda isolamento por até 10 dias, podendo ser reduzido para sete dias, caso a pessoa faça um teste (rápido antígeno ou RT-PCR) cinco dias depois do último contato e o resultado der negativo.
Tenho status vacinal completo e tive contato com um caso confirmado de covid-19. O que fazer?
A nota da Cevs informa que, segundo a Portaria Interministerial MPT/MS nº 17, de março deste ano, não é obrigatório o afastamento das atividades laborais presenciais daqueles trabalhadores que tiveram contato com casos confirmados de covid-19, mas estão com vacinação completa, conforme o esquema vacinal recomendado pelo Ministério da Saúde.
Entrei em contato com um caso confirmado e meu teste deu positivo. O que fazer?
Comece o isolamento por sete dias, se estiver com esquema vacinal completo (três doses ou duas da Janssen) ou por 10 dias, se estiver com a vacinação atrasada.
Recomendações para uso de máscara
Sintomáticos: é recomendado que pessoas com sintomas utilizem máscara, preferencialmente cirúrgica ou PFF2/N95, mesmo que com resultado de teste rápido antígeno negativo, se houver necessidade de entrar em contato com outras pessoas.
Assintomáticos que tiveram contato com caso confirmado: é recomendado que essas pessoas, mesmo com status vacinal completo e sem recomendação de isolamento, utilizem máscaras nos 10 dias subsequentes ao último contato com o caso confirmado, inclusive nos locais em que o uso do equipamento não é mais obrigatório, e evitem contato com grupos mais vulneráveis, como gestantes, idosos, imunossuprimidos e não vacinados.
Assintomáticos que não tiveram contato com caso confirmado: é recomendado que pessoas mais vulneráveis à doença grave permaneçam utilizando máscaras quando em contato com outros indivíduos.