A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou nesta quarta-feira (27) mais quatro mortes por dengue no Estado. Com isso, chega a 12 o total de óbitos pela doença neste ano no Rio Grande do Sul, sendo o maior número já registrado desde 2000, início da série histórica de monitoramento da enfermidade. O número de casos contraídos dentro do Estado também é o maior em um ano, com mais de 12 mil casos autóctones até o momento.
Os últimos quatro óbitos registrados foram de residentes das cidades de Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Cachoeira do Sul e Lajeado. As demais mortes já confirmadas ocorreram em Horizontina, Chapada, Cristal do Sul, Igrejinha, Dois Irmãos, Boa Vista do Buricá e Jaboticaba. Foram registrados 11 óbitos pela doença em 2021 e seis no ano anterior.
A dengue alerta autoridades em relação à disseminação do vetor de transmissão. No momento, 442 cidades são consideradas infestadas pelo Aedes aegypti, também recorde da série histórica.
A Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou nesta quarta um comunicado de alerta máximo contra a doença no Rio Grande do Sul. O documento ressalta que 85% dos casos confirmados de dengue estão concentrados em 24 municípios, os quais representam, aproximadamente, 25% da população total do Estado. Entre essas cidades, estão Porto Alegre, Novo Hamburgo, Viamão, Cachoeira do Sul e Montenegro.
O Cevs também alerta para a prevenção, que deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.
Na Capital
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, já são 1.586 casos de dengue contraídos dentro do território da Capital em 2022, demonstrando novo aumento de 28% nos casos confirmados em Porto Alegre em uma semana.
A capital gaúcha registrou 386 novas infecções pela doença na última semana, chegando a 1.650 pacientes confirmados, entre autóctones e importados. O percentual de aumento é o mesmo da semana anterior, apontando para a manutenção do crescimento da doença na cidade.
Os casos da doença são registrados em todas as regiões da cidade, com prevalência para os bairros Vila Nova, Bom Jesus e Jardim Carvalho, seguidos por Partenon, Vila São José e Vila Jardim. A Diretoria de Vigilância em Saúde de Porto Alegre segue realizando ações de pulverização de inseticida em locais que tenham alta infestação do mosquito ou pacientes da enfermidade confirmados.