Apenas um em cada quatro pacientes internados por covid-19 ficou totalmente recuperado após um ano, segundo estudo britânico publicado neste domingo (24), que aponta que ser do sexo feminino ou obeso aumenta o risco de manutenção de problemas de saúde.
Este estudo, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em Lisboa e publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine, utilizou dados de pacientes adultos de 39 hospitais do National Health Service (NHS) do Reino Unido, entre 7 de março de 2020 e 18 de abril de 2021.
A recuperação foi avaliada pelos resultados de diferentes exames em 2.320 pacientes cinco meses após a alta hospitalar e em 33% deles um ano depois.
Os pesquisadores coletaram principalmente amostras de sangue na visita de cinco meses para testar a presença de várias proteínas inflamatórias.
O estudo constatou que a proporção de adultos que se recuperaram totalmente não mudou significativamente entre cinco meses (25,5%) e um ano (28,9%) após a alta hospitalar.
Ser do sexo feminino, obeso e ter recebido ventilação mecânica no hospital foram associados a uma menor probabilidade de se sentir totalmente recuperado em um ano, acrescenta a pesquisa.
Entre os sintomas mais frequentes da chamada covid longa, estão cansaço, dores musculares, desaceleração física, falta de sono e falta de ar.