O Rio Grande do Sul registrou, nesta sexta-feira (4), mais 19.988 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Com a atualização, a média móvel diária tem leve alta em relação ao dia anterior, ficando em 15.988.
A média de casos vem oscilando desde o fim de janeiro, alguns dias para cima, alguns para baixo. O pico mais recente desse indicador foi atingido em 28 de janeiro, com média de 17.690,6 casos diários.
O cálculo de média móvel é usado por especialistas e governos para avaliar o comportamento dos novos casos e mortes confirmados diariamente, visto que em alguns dias da semana há mais inclusões de dados no sistema do que em outros.
Internações seguem desacelerando
Ao analisar os indicadores de internações hospitalares por covid-19, é possível perceber uma tendência de desaceleração nos últimos dias. Isso significa, em outras palavras, que o cenário segue piorando, mas de forma mais lenta do que antes.
Essa avaliação de possível perda de velocidade foi detalhada por especialistas ouvidos por GZH nesta semana. O movimento é valorizado, pois uma desaceleração pode antecipar a estabilização ou a queda das contaminações.
Nas internações em leitos clínicos, a perda de velocidade é aparente. O número de pacientes com covid-19 nesses espaços, que havia crescido 100,4% na semana retrasada, subiu menos na semana passada: 37,4%. E, nos últimos sete dias, a subida perdeu ainda mais força e está em 6%.
O Estado tem, atualmente, 1.367 pessoas com covid-19 em leitos clínicos. Esse número é maior do que na primeira onda da pandemia, no inverno de 2020, mas menor do que no ápice de internações, em março de 2021.
O indicador de pacientes com covid-19 em UTIs apresenta movimento semelhante. O número de pacientes com o vírus internados nesses leitos, que havia crescido 75,5% na semana retrasada, também subiu menos na semana passada: 30,4. E, nos últimos sete dias, a subida perdeu ainda mais força e está em 19,5%.
O Rio Grande do Sul tem, atualmente, 569 pessoas com confirmação de covid-19 em leitos de UTI. Este número ainda é menor do que em todos os picos anteriores da pandemia.
Vacinação vem freando internações em meio a recorde de casos
O fato de o Estado registrar, nas últimas semanas, recorde de novos casos sem, contudo, contabilizar recordes de internações por covid-19 se deve, conforme especialistas, ao sucesso da vacinação. A vacina é a principal responsável por reduzir as chances de as pessoas desenvolverem formas graves da doença, apontam os estudiosos. Há indicativos, também, de que a variante Ômicron possa ser menos agressiva do que as anteriores.
Os três principais recursos defendidos por autoridades da saúde e especialistas para evitar o contágio são: uso correto da máscara facial, evitar aglomerações e garantir ventilação natural cruzada em ambientes fechados.