O Rio Grande do Sul registrou, neste sábado (26), mais 8.608 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, fazendo diminuir para 8.655,7 a média móvel diária de infectados no Estado. A média atual caiu pela metade no RS em cerca de um mês – em 28 de janeiro, a média móvel diária era de 17.656,7 casos.
Mesmo com a queda pela metade na curva de casos ao longo de fevereiro, a média atual de infecções diárias ainda é mais alta do que em todos os picos anteriores da pandemia em 2020 e 2021. No auge das contaminações em março de 2021, o Estado registrou média móvel diária de 7.726,3 novos casos.
As internações de pacientes com covid-19 também apresentam queda, mas mais discreta. Neste sábado, o RS tem 800 pessoas com covid-19 em leitos clínicos. Há um mês, eram 1181 – uma redução de 32,3%.
Nas UTIs, o número de pacientes com covid-19 começou há cair há cerca de 10 dias. Neste sábado, são 452 pessoas com covid-19 nesses leitos. Em 14 de fevereiro, eram 583 – uma redução de 22,5%.
Mortes ainda oscilam em patamar elevado
Reflexo da explosão de casos de covid-19 entre dezembro e janeiro, o Rio Grande do Sul contabiliza, ao longo de fevereiro, os números mais elevados de óbitos pela doença desde julho do ano passado. Ao longo deste mês, já são mais de 1,3 mil mortes pela doença.
Neste sábado, foram registrados mais 60 óbitos por covid. Com essa atualização, sobe para 54 a média móvel diária de mortes. O último pico desse indicador foi registrado em 12 de fevereiro, com média diária de 57,9 mortes por covid-19.
— Os números atuais de óbitos já eram esperados, dado o número de casos que tivemos nas semanas anteriores. E a gente deve permanecer nesse patamar de cerca de 300 óbitos por semana no Estado até depois do Carnaval. Esse é um patamar baixo de mortes perto do que já tivemos (nos piores momentos), mas ainda é muito, muito alto. A pandemia não terminou, o que terminou é a nossa paciência, a nossa resiliência de tomar algumas medidas — afirmou, nesta sexta-feira (25), a professora de Estatística e Epidemiologia da UFRGS Suzi Camey.
Os indicadores de óbitos são sempre os últimos a refletirem mudanças na pandemia. Assim, as mortes que estão sendo registradas agora têm relação com pessoas que se contaminaram semanas atrás. Por essa razão, esse indicador é classificado por estudiosos como “tardio”.