Pela primeira vez desde o começo da pandemia no país, quase dois anos atrás, o Brasil registrou mais de 1 milhão de contaminações pelo coronavírus em apenas uma semana.
Um levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) com base em dados dos governos estaduais aponta que foram notificados 1,3 milhão de novos casos da doença entre 23 de janeiro e o último sábado (29).
Isso representa quase duas vezes e meia o nível máximo de contaminação que havia sido observado antes do início da escalada da variante Ômicron, mais contagiosa – até então, ainda sob domínio de outras mutações do vírus, o teto era de 539 mil novos doentes em uma semana, em março do ano passado.
O universo de novos infectados voltou a crescer exponencialmente a partir da virada do ano, e já havia batido o recorde nacional na semana anterior a esta, com 933 mil notificações. Um novo salto de 39% elevou agora esse patamar para 1.305.447 casos informados em sete dias.
O número de mortes também voltou a aumentar, mas em patamar ainda muito distante do recorde de 21,1 mil óbitos semanais visto em abril do ano passado sob a avanço da variante Gama. A quantidade de vítimas, agora, passou de 1.830 na semana retrasada para 3.723 na semana epidemiológica que se encerrou ontem.
O fato de as mortes ainda permanecerem em número muito mais baixo do que os níveis vistos anteriormente pode ser atribuído à maior proteção oferecida pelas vacinas.