A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que espera que a Ômicron seja a variante dominante do coronavírus na União Europeia (UE) a partir de meados de janeiro. A chefe do braço executivo da UE afirmou, porém, que o bloco está bem preparado para combater a cepa, com 66,6% da população já totalmente vacinada.
Von der Leyen disse estar confiante de que a UE tem "força" e "meios" para superar a doença, embora expresse seu desapontamento, pois, mais uma vez, as comemorações de fim de ano serão perturbadas pela pandemia.
– Como muitos de vocês, estou triste porque mais uma vez este Natal será ofuscado pela pandemia – disse ela.
O aumento alarmante de novas infecções levou à implementação de mais restrições em toda a Europa. A decisão esta semana da Itália de exigir testes negativos de visitantes vacinados também levantou preocupações de que tais movimentos limitarão a liberdade de mobilidade em um momento em que muitos cidadãos da UE viajam para visitar familiares. Pessoas que chegaram de fora da UE também deverão cumprir uma quarentena. As medidas serão válidas até 31 de janeiro de 2022.
Von der Leyen acrescentou que a UE enfrenta agora um duplo desafio, com um aumento maciço de casos nas últimas semanas devido à variante Delta combinada com o aumento do Ômicron, uma vez que alguns países membros já enfrentam um número recorde de infecções.
– Estamos vendo um número crescente de pessoas adoecendo, um fardo maior para os hospitais e, infelizmente, um aumento no número de mortes.
O Reino Unido confirmou na segunda-feira a primeira morte provocada pela nova cepa. O país também vem sofrendo com o aumento repentino nos contágios.