O Ministério da Economia está destinando R$ 1,4 bilhão para a compra de mais 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. O recurso foi solicitado pelo Ministério da Saúde para pagar um adiantamento de 20% em uma nova negociação que está sendo feita com Pfizer. O valor total do contrato será de R$ 7 bilhões.
O imunizante é uma das apostas do governo federal para a continuar a vacinação em 2022. A vacina da Pfizer está sendo a recomendada pelo ministério para aplicação de uma dose de reforço em toda a população acima de 18 anos. No Brasil, também é usada na vacinação primária (dose 1 e 2) de adolescentes, entre 12 e 17 anos.
Caso haja aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), será usada ainda em crianças entre 5 e 11 anos — há um pedido da Pfizer em análise na agência reguladora para aplicação da vacina nos pequenos.
Para o ano que vem, o Ministério da Saúde planeja ter ao menos 354 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para garantir a vacinação no Brasil. O número já inclui uma nova vacinação nos adultos e a possibilidade de ampliação para outros públicos, como as crianças.
Além dos 100 milhões de doses da Pfizer, a previsão é de que o governo federal adquira mais 120 milhões de doses da AstraZeneca, fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Outros 134 milhões de doses que sobrarão neste ano também devem ser usadas.
O crédito suplementar de R$ 1,4 bilhão não ultrapassa o limite de teto de gastos do governo previstos para o Orçamento de 2021, de acordo com o Ministério da Economia, já que faz parte das despesas consideradas primárias. A autorização foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Para outras compras, o Ministério da Saúde aguarda a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, em tramitação no Congresso Nacional, que prevê recursos para aquisição de vacinas para o ano que vem.