O cientista britânico que liderou as pesquisas sobre a vacina Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus afirmou neste sábado (27) que é possível criar uma nova contra a variante Ômicron "muito rápido".
O professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, considerou que é "altamente improvável" que esta nova variante se propague com força entre a população já vacinada, "como já vimos no passado" com a variante Delta.
— Mas, se for o caso, seria possível agir muito rápido, porque os processos de desenvolvimento de uma nova vacina estão cada vez mais robustos — explicou à BBC.
Embora também pense que as vacinas atuais devem servir contra a nova cepa, considerada "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que isso só poderá ser confirmado nas próximas semanas.
Até o momento, nenhum caso com a variante Ômicron foi detectado no Reino Unido, um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com mais de 144,5 mil mortes. O Brasil também afirmou, nesta sexta-feira (26), que não tem registro da variante.
Os fabricantes de outras vacinas, como Pfizer/BioNTech, Moderna e Novavax também se mostraram confiantes em sua capacidade para combater a nova cepa.