Com 83,7% da sua população adulta com esquema vacinal completo, Porto Alegre se mantém no grupo de municípios com obrigatoriedade de apresentação da carteira de vacinação para acesso a atividades de alto risco de contágio. Pelas novas regras do governo do Estado, apenas as cidades com 90% ou mais da população adulta completamente vacinada podem abrir mão do chamado passaporte vacinal.
O chefe da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, destaca o índice elevado da população vacinada com a primeira dose, e admite que existe uma dificuldade em fazer parte da população retornar para a segunda aplicação, especialmente entre os mais jovens. Para reverter esse cenário, Ritter promete um fortalecimento da campanha nos ambientes com maior circulação do público-alvo.
— Vamos fazer uma campanha de estímulo à complementação da vacinação. Essa campanha vai ser disponibilizar a segunda dose da vacina onde esse público mais frequenta. Vamos fazer blitz da vacina, junto com a EPTC, e intensificar as ações que chamamos de Rolê da Vacina — disse Ritter.
Como a falta da segunda dose atinge pessoas de todas as faixas etárias, a prefeitura também promete ampliar a oferta de imunização dentro dos bairros.
— Outra questão é descentralizar ainda mais a vacinação. As pessoas têm tendência à acomodação, dizem “vou deixar para amanhã”, e acabam esquecendo. Se a gente botar a vacina mais perto da casa dela, fica mais fácil — acrescentou.
Além de Porto Alegre, segundo os dados desta quinta-feira, outras 259 cidades gaúchas ainda não atingiram o percentual mínimo exigido pelo governo do Estado para abrir mão do passaporte vacinal. Nessas cidades, a apresentação do comprovante de vacinação é exigido para o acesso a cinco grupos de atividades consideradas de alto risco, entre as quais estão os eventos sociais e as competições esportivas.
Os dados sobre percentuais de vacinação na população adulta de cada cidade gaúcha estão disponíveis no vacinômetro do governo do Estado.