Anunciada em janeiro e com início previsto para março deste ano, a fila única para especialidades pelo Sistema Único de Saúde (SUS) começou a ser implantada no início do segundo semestre. A primeira região a testar o sistema informatizado é as Missões — inicialmente, a intenção era começar pelo Norte.
Segundo o diretor do Departamento de Regulação Estadual da Secretaria da Saúde (SES), Eduardo Elsade, o período entre o treinamento e a implantação do sistema em cada região tem sido, em média, de 30 dias.
— O que conseguimos perceber, em um primeiro momento, é o aumento da busca por atendimento oncológico e por sequelas geradas pelo coronavírus — descreve.
Como os sistemas informatizados do Interior e de Porto Alegre eram diferentes até a unificação da fila, haviam muitos pacientes com duplicidade na busca por especialista, afirma Elsade.
— O paciente esperava em uma fila na cidade de origem, na qual só era conhecida a falta de um profissional para atendê-lo, mas ao mesmo tempo ele estava em uma fila na Capital ou em hospitais regionais de referência, gerando má-gestão por desconhecimento do caso —completa.
A Secretaria Estadual da Saúde espera fazer um balanço de atendimentos do plano até dezembro e prevê a expansão para todas as regiões até o início de 2022. Mesmo sem esses dados, a pasta pretende fazer, a partir de outubro, um mutirão oncológico com a finalidade de zerar a espera por atendimentos nessa especialidade.