O lote de vacinas contra a covid-19 que chegará ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (2), o maior destinado ao Estado até agora, será usado para reforçar a aplicação de segundas doses. Serão 645.150 unidades dos imunizantes CoronaVac e AstraZeneca/Oxford. As doses foram fabricadas no Brasil, pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, respectivamente. De acordo com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, em torno de 400 mil doses serão utilizadas para completar o ciclo de imunização de quem já tomou a primeira injeção.
Em torno de 104 mil doses serão destinadas a ampliar a faixa etária imunizada e avançar para as pessoas de 65 anos. Ainda segundo a secretária de Saúde, outras 92 mil doses vão para completar a faixa dos 66 anos.
O resto das doses, cerca de 49 mil, será usado para aplicar a segunda injeção em profissionais da saúde e começar a imunizar profissionais de segurança e salvamento, como integrantes da Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e Superintendência dos Serviços Penitenciário (Susepe).
— Desde que eles atuem em ações de vacinação, atendimento ao paciente, transporte de pessoas com covid-19, resgate pré-hospitalar e ações concretas na ponta de vigilância do distanciamento social. São forças de segurança que atuam diluindo aglomerações, fiscalizando agrupamentos, enfim, pessoas que fazem o seu papel na ajuda para que se diminuam as circulações indevidas e as aglomerações - detalhou Arita ao programa Gaúcha Mais.
Os números citados pela secretária ainda devem ser confirmados pela Secretária Estadual da Saúde (SES). O novo lote de imunizantes chega por volta das 6h ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. As doses devem chegar aos municípios entre sexta e sábado (3).
Arita reforçou a importância de seguir vacinando mesmo durante o feriado de Páscoa.
- Conversamos com todas as Coordenadorias Regionais de Saúde e 100% delas nos disseram que todos os municípios terão plantão para receber as vacinas. Quanto à aplicação, não tenho como fazer uma afirmativa. Depende da organização de cada município. O que o Estado está recomendando é que todos aproveitem o sábado. Vacina aplicada é proteção, é presente de Páscoa. É a chance de diminuir a possibilidade de que alguém adoeça e precise de UTI. Se antes a cobrança era porque faltavam vacinas, não podemos aceitar que, tendo, elas não sejam aplicadas - disse.