A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) se pronunciará nesta quarta-feira (7) sobre as possíveis relações entre a vacina anticovid da AstraZeneca/Oxford e a formação de coágulos sanguíneos.
A EMA explicará "a conclusão do estudo dos sinais de alerta" emitidos sobre a vacina após vários "casos de trombose" registrados, informa um comunicado divulgado pela agência, que tem sede em Amsterdã.
Vários países europeus suspenderam a vacina devido ao temor de que o imunizante poderia provocar coágulos sanguíneos em algumas pessoas.
Na terça-feira (6), um funcionário da EMA mencionou a possibilidade de existência de uma "relação" entre a vacina e os casos de trombose registrados após sua aplicação, em uma entrevista publicada pelo jornal italiano Il Messaggero.
Em 18 de março, a EMA anunciou que os benefícios da vacina da AstraZeneca eram superiores aos riscos e que o fármaco continuava sendo seguro. Mas a agência explicou que o vínculo entre a reação sanguínea e a administração da vacina era possível e que prosseguia com a análise dos diferentes casos.
OMS defende a vacina
A vacina anticovid criada pela AstraZeneca/Oxford ainda apresenta "amplamente" mais benefícios do que riscos, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na terça-feira.
— Não há evidência de que o balanço risco-benefício deva ser modificado — disse à imprensa o diretor de regulação e pré-classificação, Rogério Pinto de Sá Gaspar.
Gaspar insistiu que, segundo as informações atuais, o balanço "continua sendo amplamente positivo".
— Essas vantagens são verdadeiramente importantes em termos de redução da mortalidade entre a população vacinada — destacou, e disse que especialistas e a imprensa têm uma tendência excessiva de destacar os riscos. — Precisamos restabelecer o equilíbrio (da nossa mensagem) com os benefícios trazidos pela vacina — acrescentou.