O laboratório farmacêutico indiano Bharat Biotech informou nesta quarta-feira (3) que a sua vacina Covaxin atinge uma eficácia de quase 81% na prevenção contra casos sintomáticos de covid-19. O estudo anunciado pelo laboratório não especifica o percentual de eficácia por gravidade. No final de fevereiro, o governo brasileiro assinou contrato para comprar 20 milhões de doses desta vacina, com custo de R$ 1,614 bilhão.
A eficácia da "Covaxin" da Bharat Biotech levantou questões do corpo médico depois de ter sido autorizada pelas autoridades em caráter de emergência em janeiro deste ano, antes de seus testes de fase 3, o último estágio antes da aprovação final, estarem concluídos.
— A Covaxin (não apenas) demonstra uma tendência de alta eficácia clínica contra a covid-19, mas também imunogenicidade significativa (capacidade de um antígeno de induzir uma resposta imune) contra variantes que surgem inesperadamente — declarou o presidente da Bharat Biotech, Krishna Ella.
A empresa acrescentou que "os efeitos adversos graves, exigindo assistência médica, estavam em níveis muito baixos e eram equilibrados entre os grupos da vacina e placebo".
A Covaxin é uma das duas vacinas contra o coronavírus autorizadas na Índia. A outra é a Covishield, nome do imunizante da AstraZeneca/Oxford fabricada pelo laboratório indiano Serum.
A falta de dados sobre a Covaxin despertou desconfiança, uma vez que profissionais de saúde indianos haviam se recusado a se vacinar. O primeiro-ministro Narendra Modi recebeu uma dose da Covaxin na segunda-feira, quando a inoculação foi estendida a pessoas com mais de 60 e mais de 45 anos com patologias graves.