A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou nesta sexta-feira (26) o recebimento de pedido para realizar testes em humanos de vacina contra covid-19, desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) e apoiada pelo governo federal.
Mais cedo, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, anunciou que a solicitação havia sido feita na quinta-feira (25). Segundo o ministro, o governo federal investiu em 15 protocolos de pesquisa de uma nova vacina contra a covid-19:
— Três dessas vacinas avançaram nos pré-testes e agora elas estão entrando na fase dos testes clinicos. (...) Uma dessas vacinas já tem o protocolo registrado na Anvisa para testes clínicos.
A vacina Versamune®️-CoV-2FC é desenvolvida pela faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, em parceria com a empresa brasileira Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology Corporation, dos Estados Unidos.
"Os resultados dos estudos não-clínicos (toxicidade e imunogenicidade) obtidos até o momento demonstram qualidade e competitividade para ser um sucesso nacional e global no controle da Covid-19", informou o Ministério da Ciência, em nota divulgada pelo portal G1.
O ministro garantiu que há recursos suficientes para a realização dos testes, que já foram realizados em animais e, agora, se autorizado pela Anvisa, entrarão em fase de teste com voluntários.
Primeiramente, serão realizados testes pré-clínicos com cerca de 360 pessoas. Depois, ocorre os testes clínicos da fase 3, a última, envolvendo de 20 mil a 30 mil voluntários.
Na manhã desta sexta-feira, o governo de São Paulo detalhou o projeto do Instituto Butantan para criar a primeira vacina 100% brasileira. O imunizante terá o pedido para fase de testes clínicos protocolado nesta tarde junto à Anvisa. Segundo o governador João Doria, os resultados dos testes pré-clínicos se mostraram "extremamente promissores" e, caso haja a liberação da reguladora, os testes clínicos poderão começar a partir de abril.