Dos 50 pacientes com coronavírus vindos de Rondônia e do Amazonas para fazer tratamento no Rio Grande do Sul no final de janeiro, 36 seguem no Estado. Desses, 32 são de Manaus — até agora, nenhum manauara voltou para casa —, que estão internados em hospitais de Porto Alegre, Canoas e Santa Maria. Os outros quatro são de cidades de Rondônia.
Em 29 de janeiro, a primeira paciente de Rondônia voltou para casa. Outros cinco pacientes retornaram para seu Estado em 1º de fevereiro. Na última quinta-feira (4), mais oito moradores de Rondônia embarcaram em Porto Alegre, por volta das 13h, em uma aeronave do Corpo de Bombeiros Militar daquele Estado rumo a Porto Velho. Todos já estavam caminhando e conversando, diferentemente da situação em que chegaram ao Rio Grande do Sul.
Apenas um ex-paciente precisou fazer uso de oxigênio, do tipo óculos nasal, durante a decolagem, por precaução e para manter a respiração estável.
— Agradeço por ter sido tão bem tratada aqui no Rio Grande do Sul. Indescritível o cuidado que cada uma das pessoas teve comigo no hospital — disse Antusa Jandira Nobre das Neves, uma das recuperadas.
O Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria Estadual da Saúde (SES) aproveitou a vinda do avião para pedir que o governo de Rondônia cedesse, por meio de permuta, medicamentos que estão com os estoques críticos no Rio Grande do Sul. Foram trazidos 14 mil comprimidos dos medicamentos Raloxifeno e Fludrocortisona, que servem para tratamento das doenças hiperplasia adrenal congênita e osteoporose, respectivamente. Em contrapartida, o Estado enviou para Rondônia medicamentos que somam o mesmo valor, de R$ 33 mil.
Pacientes de outros Estados
O voo trazendo de Rondônia os primeiros pacientes com coronavírus chegou a Porto Alegre na madrugada de 27 de janeiro. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) saiu por volta das 18h do dia 26 da capital Porto Velho e aterrissou no aeroporto Salgado Filho pouco antes das 2h. Em 1º de janeiro, chegaram também os primeiros pacientes de Manaus, após o colapso no sistema hospitalar da cidade.
*Colaborou Daniel Giussani