Em acordo de não persecução penal fechado com o Ministério Público (MP) de Goiás, Assis Silva Filho, ex-secretário de Saúde de Pires do Rio, confessou a prática do crime de concussão por ter furado a fila da vacinação contra a covid-19, além de ter exigido a imunização de sua mulher e uma terceira pessoa, que também não integravam os grupos prioritários para aplicação da vacina contra o coronavírus.
Assis Filho vai pagar uma multa de R$ 50 mil em três vezes, valor que será destinado às ações de prevenção e combate à pandemia no município, além de prestar serviços à comunidade no Hospital Municipal de Pires do Rio, num total de cem horas, distribuídas em cinco meses.
As informações foram divulgadas pelo MP-GO. Segundo o promotor Marcelo Borges do Amaral, somente após a comprovação do cumprimento de todas as condições definidas no acordo é que o procedimento investigatório criminal instaurado pelo MP contra o ex-secretário poderá ser arquivado.
A investigação que imputou o crime de concussão ao ex-secretário contou com depoimentos de testemunhas colhidos no início da semana, todas elas trabalhadores da saúde que estavam encarregados da vacinação.
Assis Filho foi afastado do cargo por 60 dias pela Justiça de Goiás na última sexta-feira (22). No fim de semana, ele pediu exoneração, após a repercussão causada pela vacinação da esposa fora da fila prioridades.