O governo de São Paulo recebeu, na manhã desta segunda-feira (28), um novo lote com mais 500 mil doses da vacina contra a covid-19 CoronaVac, produzida pela biofarmacêutica Sinovac-Biotech em parceria com o Instituto Butantan. A carga desembarcou por volta de 11h30min no aeroporto de Guarulhos. O voo da Turkish Airlines saiu de Pequim, na China, e fez escala na Turquia.
O lote é composto por doses já prontas para a aplicação. Para quarta-feira (30), está prevista a última remessa de 2020, com mais 1,5 milhão de doses prontas, totalizando cerca de 11 milhões de unidades da CoronaVac em solo brasileiro ainda este ano.
A parceria entre o Butantan e a Sinovac-Biotech foi firmada em 10 de junho. O primeiro lote com 120 mil doses chegou ao Brasil em 19 de novembro. O segundo carregamento, com 600 litros a granel do insumo, correspondente a 1 milhão de doses, desembarcou em 3 de dezembro. A terceira remessa, com 2 milhões de doses, foi recebida em 18 de dezembro.
Na véspera de Natal (24), São Paulo recebeu a maior carga de vacinas, com 5,5 milhões de doses, composta por 2,1 milhões de forma pronta para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas no complexo fabril do Butantan, também em São Paulo.
— Chegamos ao fim de 2020 com, aproximadamente, 11 milhões de vacinas em solo nacional, garantindo o compromisso do Butantan em viabilizar o imunizante à população brasileira para que, assim que registrar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), possa ser iniciada a vacinação — afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Eficácia
Durante coletiva realizada no Instituto Butantan em 23 de dezembro, foi informado que a vacina contra o coronavírus atingiu índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e, assim, poderá ter seu registro aprovado para imunizar a população.
Atendendo a um pedido da Sinovac, previsto contratualmente, o Butantan encaminhou a base primária de dados da fase 3 dos testes clínicos realizados no Brasil em 16 centros de pesquisa, com cerca de 13 mil voluntários.
O objetivo é que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados. A avaliação deverá ser concluída em até 15 dias, contados desde 23 de dezembro, podendo ser antecipada. Na sequência, os resultados finais serão encaminhados à Anvisa e à National Medical Products Administration, da China.