Todos os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) em hospitais privados de Porto Alegre e Região Metropolitana chegaram a ficar ocupados neste domingo (6). De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), as 354 vagas para pacientes críticos dos 70 hospitais que integram a macrorregião foram usadas.
Mas, de acordo com o site de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde, houve um leve recuo para 99,2%. Na manhã desta segunda-feira (7), desses 354 leitos, 351 estão ocupados. E os leitos do SUS estão com ocupação de 77% nesta região. Em Porto Alegre, a lotação da rede privada está em 98,3%. Levando em conta também a estrutura do SUS, a taxa geral de uso está agora em 89% conforme a Secretaria Municipal da Saúde.
Segundo a SES, os leitos privados não são regulados pelo poder público, cabendo a cada hospital gerir a situação. Em casos de extrema urgência, o paciente atendido pelo plano de saúde pode ser direcionado ao Sistema Único de Saúde (SUS), para verificar disponibilidade de vaga.
Neste domingo, observando apenas os números de leitos de UTI pelo SUS, a ocupação é de 77,2%. Das 964 vagas ofertadas, 744 estão ocupadas. Se somados os leitos públicos e privados, a taxa geral de ocupação de UTIs na Região Metropolitana é de 83,1%. Desses, 51,6% são pacientes com coronavírus ou suspeita de estarem com a doença. Os outros 48,4% são internações por outros motivos.
De acordo com o infectologista Alexandre Zavascki, do Hospital Moinhos de Vento, em casos de lotação, os pacientes com critérios para UTI precisam aguardar em unidades não totalmente adequadas para o suporte do paciente crítico. Normalmente, segundo Zavascki, aguardam o leito na emergência.
— Significa que eles vão entrar num fila para vaga de UTI. Normalmente essa fila é na emergência, mas ocorre de pacientes internados em enfermaria piorarem e precisarem ir para UTI. Então a “fila” fica entre emergência e unidades de enfermaria. É sempre uma situação difícil, mas cada hospital tem sua forma de administrar — explica.