A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, da Inglaterra, e pelo laboratório biofarmacêutico sueco AstraZeneca, mostrou segurança e induziu "uma forte resposta imune" em idosos durante a fase 2 de testes. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (19) na revista científica The Lancet, considerada uma das mais relevantes no meio científico.
O resultado já havia sido divulgado em outubro, mas agora foi detalhado na publicação científica. Os resultados foram validados por outros cientistas (passaram pela chamada "revisão por pares"). Esse passo é necessário para que qualquer estudo científico seja publicado em uma revista.
A vacina foi testada em 560 participantes, incluindo 240 pessoas com mais de 70 anos. A fase 2 dos testes verifica a segurança e a capacidade do imunizante de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários.
De acordo com The Lancet, os resultados indicam que a vacina sars-cov-2 oferece "resultados de segurança e imunogenicidade semelhantes em idosos saudáveis do que naqueles com idade entre 18 e 55 anos". A fase 2 permite concluir que o antídoto causa "poucos efeitos colaterais" e "induz uma resposta imune em ambas as partes do sistema imune em todas as faixas etárias tanto em dose baixa quanto em dose padrão".
A vacina de Oxford é uma das quatro que estão em testes de fase 3 no Brasil. Segundo a The Lancet, os primeiros resultados sobre a eficácia da vacina, extraídos da fase 3 de testes, podem ser divulgados nas próximas semanas.
São testadas também no país a CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac em parceria com o Insituto Butantan, de São Paulo; a da Janssen, da Jonhson & Jonhson; e a da Pfizer. Nos últimos dias, a Pfizer publicou seus resultados de eficácia em fase 3, de 95%. A Moderna também revelou seus preliminares de eficácia, de 94,5%, assim como a Sputnik V, da Rússia, de 92%.