O governo do Estado apresenta na tarde desta segunda-feira (30) para a Famurs, entidade que representa os prefeitos gaúchos, uma lista de medidas emergenciais para tentar conter o aumento de casos e mortes por coronavírus no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Apresentadas pelo governador Eduardo Leite, as medidas incluem a suspensão das festas e eventos de fim de ano, tanto promovidos por prefeituras quanto por estabelecimentos privados e condomínios.
Leite também propõe mudanças nos protocolos do distanciamento controlado, como limitar o horário de funcionamento do comércio e de restaurantes. Essas empresas, contudo, poderiam seguir abrindo nos mesmos dias da semana em que operam hoje.
A "vedação à permanência em locais públicos sem controle de acesso (ruas, praias, praças)" também está na lista de propostas do Palácio Piratini. Em âmbito privado, o governo do Estado sugere que as reuniões familiares e de amigos tenham aglomeração máxima de 10 pessoas, não contando crianças até 14 anos.
Outra alteração proposta é suspender temporariamente a cogestão — mecanismo que permite que as regiões do Estado decidam por conta própria adotar restrições mais leves do que as determinadas pelo Palácio Piratini. Na prática, se a cogestão for suspensa, as regras da bandeira vermelha passarão a valer integralmente.
O governo também oferece aos prefeitos apoio da Brigada Militar para fiscalização e promete realizar uma campanha de comunicação para conscientização da população.
A tendência é que o governo adote ao menos parte das medidas emergenciais, diante da gravidade dos números de coronavírus, mesmo que haja contrariedade de prefeitos.