O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (5) que apenas as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram aumento no número de casos e mortes por coronavírus na semana passada, comparada com a anterior.
Na região Sul, é onde há maior avanço: houve aumento de 11% no número de diagnosticados, elevação puxada por Santa Catarina, que desenvolveu incremento de 32%. Também houve acréscimo de 11% no número de óbitos na região, mas, neste quesito, tanto o Rio Grande do Sul quanto Santa Catarina apresentaram elevação de 21% e 26%, respectivamente. Paraná apresentou diminuição de 7% nas mortes provocadas pela covid-19.
A região Centro-Oeste teve aumento de 2% no número de casos — o percentual significa estabilização, segundo o Ministério da Saúde. Já as mortes em decorrência do coronavírus teve elevação de 8%.
As regiões Norte, Nordeste e Sudeste estão com suas curvas de óbitos e infectados em queda. Essas regiões também estão apresentando queda no número de internados por complicações da doença.
As hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Sul e no Centro-Oeste estão em plena ascensão, embora o Ministério da Saúde não tenha informado o percentual de elevação, nem ter feito análise a respeito. O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Arnaldo Medeiros, informou que a elevação das hospitalizações, dos diagnosticados e de óbitos pela covid são resultado da sazonalidade de síndromes gripais no sul do país. Os ambientes fechados sem circulação de ar durante o frio faz com que vírus de todos os tipos circulem mais nesta época.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o SARS-COV2 não se comporta conforme as estações do ano e salientou que o novo coronavírus é como uma “grande onda”.
Conforme atualização do Ministério em coletiva de imprensa, atualmente, 4.834 cidades brasileiras (98,8%) registraram pelo menos um caso da doença e 3.627 (ou 65,1% dos municípios) tiveram pelo menos um óbito confirmado. As análises indicam que há interiorização do coronavírus: desde a metade de junho as cidades do Interior do Brasil estão registrando mais casos do que as regiões metropolitanas.
A situação da pandemia por região
REGIÃO NORTE
- Casos: -16%
- Óbitos: -39%
REGIÃO NORDESTE
- Casos: -3%
- Óbitos: -11%
REGIÃO SUDESTE
- Casos: -3%
- Óbitos: -8%
REGIÃO SUL
- Casos: +11%
- Óbitos: +11%
REGIÃO CENTRO-OESTE
- Casos: +2%
- Óbitos: +8%