A Região Metropolitana de Porto Alegre atingiu a maior taxa de ocupação de leitos de UTI desde o início da pandemia, mas o ritmo de crescimento desse índice diminuiu em Porto Alegre. Dos 1.146 leitos de UTIs nos 69 hospitais da região, 960 (83,8%) estão ocupados. Desses, 321 (33,4%) pacientes estão com a covid-19 e 80 (8,3%) de suspeitos da doença ou Síndrome Respiratória Aguda Grave. Os demais 559 (58,2%) estão internados por outros motivos. A taxa mais elevada havia sido registrada em 8 de julho, ao atingir 80,1% de ocupação.
O número de pacientes internados em UTIs de Porto Alegre com coronavírus cresceu 4% na última semana. Até 16h desta segunda-feira (13), eram 225. Na segunda-feira anterior (6), eram 216. O ritmo de crescimento diminuiu. Entre 29 de junho e 6 de julho, o aumento de internações de pacientes graves com a covid-19 foi de 53%. Havia saltado de 141 para 216.
A taxa de ocupação geral das UTIs da capital, incluindo todos os motivos, no entanto, ainda segue elevada. É de 82,55%. Mas já chegou a 85%. São 601 pacientes para 728 leitos. As internações por coronavírus representam 37,4% do total na capital gaúcha.
Ocupação no RS
Dos 2.261 leitos de UTIs existentes no Rio Grande do Sul, 1.719 (76%) estão ocupados nesta segunda-feira (13). Desses, 538 (31,3%) pacientes com a covid-19 e 174 (10,1%) de suspeitos da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguda Grave. Os demais 1.007 (58,6%) estão internados por outros motivos. GaúchaZH acompanha a evolução dos números das UTIs diariamente, e esta é a maior taxa de ocupação desde o início da pandemia. Há cinco dias, a o índice estava em 74,9%.
Em transmissão ao vivo, o governador Eduardo Leite lembrou, entretanto, que há uma tendência de estabilização, ainda não confirmada.
— Depois de ver aquele crescimento, a gente vê uma suavização da curva, e até, nos últimos três dias, uma pequena redução, embora hoje o painel mostra uma ocupação um pouco maior. A gente vê uma estabilização da curva. O que é importante, pode confirmar uma tendência de estabilização no futuro, embora ainda não seja definitiva — afirmou Leite.
Serra tem maior número de internados com covid-19
A Macrorregião da Serra é que registra a maior taxa de ocupação de pacientes internados em UTIs com a covid-19. São 77 (42,1%) dos 183 doentes em estado grave. Incluindo todos os pacientes internados, a taxa de ocupação é de 71,2%, já que são 257 leitos existentes na região. São 31 (16,9%) internados por suspeita da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguada Grave e 75 (41%) internados por outros motivos.
Missões têm a menor ocupação por covid-19
A macrorregião Missioneira registra a menor taxa de ocupação de leitos de UTI. São 79 (59,8%) pacientes para 132 leitos de UTI. Desses, 14 (17,7%) estão com a covid-19 e 8 (10,1%) estão internados por suspeita da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguada Grave. Os demais 57 (72,2%) são por outros motivos graves.
Ocupação nas demais regiões
Sul
- 110 (64,7%) dos 170 leitos de UTIs ocupados
- 20 (18,2%) pacientes com a covid-19
- 8 (7,3%) por suspeita da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguada Grave
- 82 (74,5%) estão internados por outros motivos.
Centro-oeste
- 125 (67,9%) dos 184 leitos de UTIs ocupados
- 22 (17,6%) pacientes com a covid-19
- 12 (9,6%) por suspeita da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguada Grave 91 (72,8%) estão internados por outros motivos.
Vales
- 99 (68,3%) dos 145 leitos de UTIs ocupados
- 29 (29,3%) pacientes com a covid-19
- 22 (22,2%) por suspeita da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguada Grave 48 (48,5%) estão internados por outros motivos.
Norte
- 160 (70,5%) dos 227 leitos de UTIs ocupados
- 48 (30%) pacientes com a covid-19
- 14 (8,8%) por suspeita da doença ou outra Síndrome Respiratória Aguada Grave 98 (61,3%) estão internados por outros motivos.