Em reunião em maio, técnicos do Ministério da Saúde que integram comitê sobre o coronavírus alertaram o ministro interino, Eduardo Pazuello, de que os impactos da covid-19 serão sentidos por até dois anos se não forem adotadas medidas de distanciamento social. A ata da reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE), obtida pelo Estadão, afirma que "sem intervenção, esgotamos UTIs, os picos vão aumentar descontroladamente levando insegurança à população que vai se recolher mesmo com tudo funcionando, o que geraria um desgaste maior ou igual ao isolamento na economia”.
O documento também discute a criação de um aplicativo para monitorar pacientes confirmados da covid-19 e pessoas com as quais elas tiveram contato. Contudo, esse projeto nunca foi posto em prática.
Criado no início de fevereiro, o COE tem com objetivo planejar e coordenar a resposta à pandemia no Brasil. É de sua obrigação encaminhar ao Ministério relatórios sobre o coronavírus no país e as ações que estão sendo tomadas. As reuniões são feitas entre representantes de Estados e municípios e gestores de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).