O governo federal autorizou o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) a contratar 775 profissionais de forma temporária para atender casos de coronavírus na instituição. A portaria do Ministério da Economia foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (30).
As vagas têm prazo limitado. Elas serão extintas dois anos depois da publicação da portaria. A partir desta terça, o quadro de pessoal do Clínicas está fixado em 7.360 vagas. Depois do período máximo, o limite volta a ser de 6.585 vagas, sem prazo determinado.
O Clínicas vai chamar profissionais assistenciais e de apoio que estão em cadastro de processos seletivos vigentes. Também serão abertas seleções simplificadas para a contratação imediata. Os médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, entre outros, serão necessários para que os novos leitos do Centro de Terapia Intensiva possam entrar em funcionamento.
- O objetivo é ter os primeiros profissionais já contratados no início de abril, já que poderemos chamar pessoas já aprovadas. Teremos que ver também como será a resposta do mercado, já que há alta demanda por esse tipo de profissional neste momento – explica o diretor administrativo do HCPA, Jorge Bajerski.
Mais 105 novos leitos
Atualmente, o hospital tem dois prédios prontos, mas que necessitam de equipamentos. No dia 14, o governo federal liberou R$ 57 milhões para a instalação de 105 leitos de terapia intensiva e contratação de pessoal. A maior parte dos leitos ficará no Bloco B, o único que comporta estrutura para isso.
Recentemente, 10 foram montados no prédio principal do hospital e já estão sendo utilizados para atender pacientes com coronavírus. Os outros 95 leitos serão montados na estrutura nova.
Parte dos equipamentos já chegou, e a previsão é de que o processo seja acelerado nos próximos dias.
- Na próxima quinta, a expectativa é de que já tenhamos os primeiros 10 leitos instalados no anexo B. É difícil fazer uma previsão para a instalação do total de 105 leitos, mas a ideia é, ao longo de abril, abrir a maioria. Antes do inverno – reforça Bajerski.
Após o encerramento do período de contratação emergencial de profissionais, o Clínicas deve procurar novamente o governo federal. O objetivo é conseguir manter a nova estrutura, o que é inviável com o quatro atual.