A Fundação Hospital Centenário (FHC), de São Leopoldo, confirmou a demissão de uma médica e de um enfermeiro que estavam no momento em que uma menina de dois anos deu entrada no Hospital Centenário, em 12 de março deste ano, e morreu poucas horas depois por meningite. Na ocasião, os pais reclamaram que a criança recebeu apenas medicação para febre e ficou mais de quatro horas sem supervisão de um médico, morrendo pouco depois. O caso também está em investigação pela Polícia Civil.
Os profissionais demitidos já estavam afastados das funções durante a sindicância. O processo administrativo disciplinar foi encerrado nesta semana e o resultado foi divulgado nesta quinta-feira (5). Ainda cabe recurso. Além das demissões, a fundação também advertiu um médico pediatra que integrava o plantão, uma técnica de enfermagem e suspendeu por 15 dias uma segunda técnica que estava na equipe.
Conforme a Procuradoria-Geral da FHC, a decisão resultante do processo não significa que os profissionais sejam apontados como responsáveis pela morte da criança. A demissão, segundo os procuradores, foi embasada pelos prontuários que revelaram abandono de posto tanto da médica quanto do enfermeiro. Segundo a FHC, o processo administrativo foi técnico e seguiu o que estipula o estatuto do servidor municipal.
Contra as demissões, o Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) fará uma mobilização nesta sexta-feira (6), às 18h, em frente ao hospital. Segundo o sindicato, os processos administrativos teriam eximido de culpa os profissionais.