Correção: o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) se chama Gilberto Pompilio, e não Guilherme Pompilio, como publicado entre 15h18min e 18h41min de 31 de julho. O texto já foi corrigido.
Desde 2013, a taxa de vacinação no Rio Grande do Sul apresenta queda constante. No período, o índice de imunização caiu de 100% para perto dos 80% nas principais vacinas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) nesta quarta-feira (31).
O estudo, que leva em consideração as metas na área da Saúde para o Estado, aponta que a aplicação das doses contra tuberculose (BCG) e poliomielite, além de difteria, tétano e coqueluche (DTP), reduziu drasticamente nesse período. Já a vacinação contra tríplice viral e hepatite B registrou reação em 2014 e 2016, respectivamente, mas voltou a cair.
Desde o início da série histórica, em 2000, a taxa de vacinação no Rio Grande do Sul permaneceu próxima aos 100%. A curva decrescente começou a ser desenhada em 2013. Conforme o secretário-adjunto da Seplag, Gilberto Pompilio, foi observada uma mudança na cultura da população.
— As pessoas não estão buscando a vacinação. O Estado está ofertando, não há falta de doses. Há, sim, uma mudança de postura do gaúcho — afirma.
Outro alerta do estudo, que leva em consideração as metas propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), é para o crescimento nos casos de suicídio. Em 2000, a taxa no país era de 4,8 para cada 100 mil habitantes. Em 2016, passou para 6,5. Já o Rio Grande do Sul teve o maior crescimento entre os estados do Sul do Brasil. Em 2017, 1.349 gaúchos se suicidaram, elevando a taxa para 11.65 casos por 100 mil habitantes. No mesmo ano, Santa Catarina registrou 739 mortes e Paraná, 774. Com isso, o Estado superou a média mundial de suicídio, que é de 10,6 casos a cada 100 mil pessoas.
Para Pompilho, o estudo auxilia o governo a criar políticas públicas para alcançar as metas mundiais da ONU, com prazo até 2030.
— Serve de ponto de partida para os objetivos de saúde — observa.
Nesta quinta-feira (1° de agosto), o governador Eduardo Leite entrega a proposta do Plano Plurianual (PPA) de Prioridades 2020-2023 para a Assembleia Legislativa, cujo texto inclui metas para a saúde.
Mortalidade infantil em queda
O estudo da Seplag destaca que a taxa de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul está abaixo do coeficiente de 10 mortes a cada 1.000 nascidos vivos. Os dados consolidados de 2017 colocam o Estado com números melhores que os nacionais: 10,07 casos para cada conjunto de 1.000 nascidos vivos. No mesmo ano, o país passou de 12,72 para 12,39.