Correção: estão incluídas no grupo prioritário da primeira fase da campanha crianças com mais de seis meses de idade e menos de seis anos, e não entre um ano e seis anos como publicado entre 7h e 11h19min de 9 de abril. O texto já foi corrigido.
Começa na quarta-feira (10) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, neste ano antecipada em cerca de 15 dias. A mobilização acontece antes do habitual devido à alta incidência de casos no país já nos primeiros três meses do ano, em pleno verão. No Amazonas, onde foram registrados mais de 30 mortes pelo vírus da influenza no período, a vacinação contra a gripe começou no fim de março, com antecipação de 21 dias em relação aos demais Estados.
Em todo o ano de 2018, o Amazonas registrou 17 casos e três mortes por influenza, sendo um caso pelo vírus H1N1. Em meados de março deste ano, já havia mais de 600 casos suspeitos e uma centena de confirmados. Segundo o Ministério da Saúde, a circulação do vírus em território amazonense segue o período sazonal da doença, mas foi potencializada pelas chuvas e enchentes e consequente aglomeração de pessoas.
O Rio Grande do Sul não registrou mortes por gripe neste ano. Até o momento, foram confirmados seis casos de internações por influenza. O Estado já recebeu e distribuiu aos municípios cerca de 800 mil doses da vacina. Ao longo da campanha, mais doses serão recebidas em lotes semanais, chegando a um total de 4,1 milhões, número 10% maior, por segurança, que o necessário para atender o público-alvo de 3,7 milhões de pessoas.
Devem ser distribuídas vacinas em todas as Unidades Básicas de Saúde do Rio Grande do Sul. A Secretaria Estadual da Saúde alerta, porém, que, apesar de a orientação ser de que a campanha de imunização ocorra em todas as unidades, "os municípios podem vir a decidir por uma estratégia, centralizando as doses ou as disponibilizando em mais pontos, conforme a realidade local". Clínicas da rede privada também já têm disponível vacinas contra a gripe.
Nesta primeira fase da campanha, serão priorizadas crianças acima de seis meses e menores de seis anos, grávidas em qualquer período gestacional e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto). A escolha, segundo o Ministério da Saúde, foi feita por causa da maior vulnerabilidade do grupo. No ano passado, gestantes e crianças com até seis anos foram justamente os grupos que ficaram menos protegidos. Havia a expectativa de vacinar 54 milhões de brasileiros em 2018, mas 6,8 milhões deles não se imunizaram.
A partir de 22 de abril, todo o público-alvo da campanha poderá receber a dose, incluindo trabalhadores da saúde, povos indígenas, idosos, professores de escolas públicas e privadas, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta é imunizar pelo menos 90% dos grupos elegíveis para vacinação.
A influenza é uma doença sazonal, mais comum no inverno, que causa epidemias anuais, sendo que há anos com maior ou menor intensidade de circulação desse tipo de vírus e, consequentemente, maior ou menor número de casos e mortes.
Calendário
10 de abril
Começa a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
Serão priorizadas crianças acima de seis meses e menores de seis anos, grávidas em qualquer período gestacional e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto).
22 de abril
Todo o público-alvo da campanha poderá receber a dose.
Isso inclui trabalhadores da saúde, povos indígenas, idosos, professores de escolas públicas e privadas, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.
4 de maio
Dia Nacional de Mobilização, com postos abrindo no sábado.
31 de maio
Termina a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
Números
- Em 2018, foram registrados 6.678 casos de influenza em todo o país, com 1.370 óbitos – mais que o dobro do que foi registrado em 2017.
- Em 74% das mortes em decorrência do vírus influenza no ano passado, os infectados tinham, pelo menos, um fator de risco.
- Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,66 por 100 mil habitantes.
- O Rio Grande do Sul já recebeu e distribuiu aos municípios cerca de 800 mil doses da vacina neste ano.
- Ao todo, serão em torno de 4,1 milhões de doses no Estado em 2019, o suficiente para atender o público-alvo de 3,7 milhões de pessoas.
- Ainda não foram registradas mortes por gripe em território gaúcho neste ano. Já houve seis casos de internações confirmadas por influenza.
Perguntas e respostas
Por que as pessoas precisam se vacinar todos os anos?
A gripe é causada, principalmente, por quatro cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria). E, como esses vírus estão em constante mudança de um ano para outro, novas vacinas precisam ser produzidas anualmente.
Existe diferença entre a vacina da rede pública e a das clínicas privadas?
Sim. A rede pública distribui a vacina trivalente, enquanto na rede privada se encontra a vacina tetravalente. Aplicada gratuitamente nos postos de saúde durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, a vacina trivalente segue recomendação do Organização Mundial da Saúde (OMS) e protege contra três cepas do vírus influenza. Já a vacina tetravalente, disponível na rede privada, possui proteção contra quatro diferentes cepas do vírus influenza.
Além da vacina, como posso me prevenir contra a gripe?
Lave as mãos com frequência e mantenha bons hábitos de higiene, como cobrir a boca e o nariz quando for tossir ou espirrar.
É gripe ou resfriado?
A gripe e o resfriado são doenças respiratórias causadas por diferentes vírus. Em geral, a gripe é pior do que o resfriado comum, e os sintomas são mais intensos. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde mais graves. Já os sintomas da gripe podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, dores musculares ou corporais, dores de cabeça e cansaço, podendo inclusive levar à morte.