O Hospital de Agudo, na Região Central, paralisou as atividades por conta da falta de repasses do governo do Estado. São cerca de 70 profissionais, entre médicos, enfermeiros e colaboradores dos setores administrativos, que se manifestaram contra o atraso nos salários, ainda na última sexta-feira (30).
Conforme a administração da unidade, o Estado deve mais de R$ 700 mil à instituição e, por isso, há o atraso no pagamento dos vencimentos há dois meses. Alguns profissionais não receberam ainda o valor referente a férias e sequer há previsão de receber o 13°. A unidade também tem dívidas que totalizam mais de R$ 2 milhões com fornecedores de medicamentos e materiais hospitalares. Em decorrência dos atrasos nos repasses, o hospital se forçou a buscar empréstimos bancários, mas agora a situação chegou ao limite, avalia a administração.
Ao todo, são 55 leitos de baixa e média complexidade. O hospital tem 85% dos leitos conveniados com o Sistema Único de Saúde. Os serviços de exame e cirurgias feitos pelo SUS foram cancelados, assim como as internações que estão suspensas. A unidade, agora, só atende casos de urgência e com horário definido: das 19h às 7h. Fora desse horário, resta à população buscar as unidades de saúde.
Além disso, os mais de 40 municípios da região central do Estado vinculados à 4° Coordenadoria Regional da Saúde (4ª CRS), que têm no Hospital de Agudo a referência para atendimentos de otorrinolaringologia, também estão sendo afetados pela paralisação.
Os pacientes que seriam atendidos na unidade e não tem urgência devem ser encaminhados ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Não há previsão de retomar os atendimentos.