Levantamento do Ministério da Saúde sobre a gripe aponta que o número de mortes de crianças com até cinco anos em decorrência da doença já é três vezes maior do que foi registrado no mesmo período de 2017. Os dados foram disponibilizados na quinta-feira (21), um dia antes do fim da campanha nacional de vacinação.
Segundo o levantamento (que contabiliza informações até 16 de junho), foram registradas 44 mortes de crianças em decorrência de complicações da gripe. Em 2017, foram 14. A principal preocupação da pasta é que este grupo prioritário é o que apresenta a menor cobertura vacinal, com 67,7% das 12,6 milhões que devem receber a vacina.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, ressaltou a importância de levar os pequenos aos postos de vacinação em todo o país:
— É essencial que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para receber a vacina e, assim, evitar as complicações do vírus. É uma forma de proteger as crianças e também o restante da população.
Das 54,4 milhões de pessoas que fazem parte de grupos prioritários para receber a dose, 45,8 milhões já foram imunizadas. Assim como as crianças de seis meses a cinco anos de idade, as gestantes também registram os menores índices de vacinação contra a gripe, com cobertura de apenas 71%. Por outro lado, o público com maior cobertura é o de professores, com 98%, seguido pelas puérperas (96,2%), idosos (91%) e indígenas (90,5%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 88,6%.
Conforme boletim atualizado em 16 de junho, o Brasil contabiliza 3.122 casos de influenza e 535 mortes. No Rio Grande do Sul, são quatro óbitos.
O Ministério da Saúde recomendou aos municípios que ainda tiverem doses disponíveis a ampliação da vacinação para crianças de cinco a nove anos de idade e aos adultos de 50 a 59 anos.