Grandes, pequenos, com três ou quatro rodas: diante da infinidade de opções que existem no mercado, os pais podem ficar confusos na hora de comprar o carrinho para seus bebê. Apesar da diversidade, há alguns aspectos que não podem ser deixados de lado no momento da escolha, como segurança, tipo de assento e finalidade do uso.
Item número um no quesito importância, a segurança do equipamento deve ser garantida pelo selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que elenca uma série de características que devem ser respeitadas para que o produto possa ser comercializado.
— O selo do Inmetro é uma coisa básica. Ele enfatiza questões como cinto de segurança adequado, molas seguras que não permitam o fechamento do carrinho com o bebê dentro, vida útil, travas de segurança e capacidade de peso que o equipamento suporta — enumera o médico pediatra Danilo Blank, do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Além disso, Blank lembra que o cinto de segurança deve ser acolchoado na barriga ou no meio das pernas e precisa ter cinco ou três pontos de inserção. Também é imprescindível que o carrinho tenha um toldo para proteger do sol.
Responsáveis também devem garantir a segurança
Mesmo que os itens de segurança estiverem adequados às normas do Inmetro, os pais ainda precisam verificar qual a finalidade do uso. Para bebês recém-nascidos, é fundamental que o assento seja reclinável, e permita que a criança fique deitada. A partir dos seis meses, o encosto pode ser mais ereto.
— Lembrando que a criança não pode dormir nos carrinhos, eles só servem para transportar mesmo — destaca Blank.
Familiares que queiram investir em equipamentos para utilizar durante práticas esportivas, podem optar pelas versões "jogging", espécie de triciclo, mais leves, que permitem caminhadas e corridas junto aos pequenos.
— Eles são seguros, mas apenas para crianças acima de um ano. E o cinto de segurança deve estar firme sempre — orienta o pediatra.
Para além da escolha, o médico ainda aponta condutas dos próprios pais que podem fazer a diferença ao utilizar o equipamento. Primeiro, e mais importante, é não deixar a criança no carrinho ou perto dele sem supervisão. Também deve-se evitar pendurar bolsas e acessórios pesados no equipamento — para esse fim, prefira os carrinhos com cestos próprios.
Não pode faltar
Em portaria publicada em fevereiro de 2012, o Inmetro enumera os requisitos essenciais para garantir a segurança dos carrinhos, dentre os quais destacam-se:
- Características que evitem a retenção de partes do corpo— como mãos, dedos e pés.
- Bordas e pontas que não ofereçam risco de cortes.
- Componentes destacáveis em dimensões que impossibilitem a ingestão ou inalação.
- Pelo menos duas travas de segurança, que impeçam o fechamento involuntário do equipamento.