Cientista britânico vencedor do Prêmio Nobel e uma das principais figuras na corrida para decifrar o genoma humano, John Sulston morreu aos 75 anos, anunciou nesta sexta-feira (9) o instituto que ele fundou.
Mike Stratton, diretor do Instituto Wellcome Sanger, descreveu o professor, que morreu na terça-feira, como um "grande líder científico visionário".
Em 2002, ele recebeu o Nobel de Medicina junto com o britânico Sydney Brenner e o americano H. Robert Horvitz pela sua pesquisa sobre genes. Eles expuseram o mecanismo pelo qual os genes regulam a morte programada das células, um processo vital para a compreensão do câncer.
Sulston ficou conhecido por liderar a contribuição da Grã-Bretanha para o projeto internacional para mapear o genoma humano, e pela sua insistência em que os dados fossem colocados no domínio público.
— Sua dedicação ao acesso gratuito a informações científicas foi a base do movimento de acesso aberto e ajudou a garantir que a sequência de referência do genoma humano fosse publicada abertamente, em benefício de toda a humanidade — disse Jeremy Farrar, diretor do Wellcome.
Sulston fundou o que era então o Centro Sanger, perto de Cambridge, em 1992, e foi seu diretor até 2000. Este é hoje um dos principais centros de pesquisa do genoma no mundo.