Mais um município da Serra sofre com a falta de exatidão de quando colocará em funcionamento uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), já com prédio já construído. A Secretaria da Saúde de Farroupilha refez planos e, ao contrário do que chegou a anunciar, não abrirá a UPA neste mês de outubro. O cenário é ainda mais desolador: a secretária Rosane da Rosa também não tem projeção de quando o serviço poderá operar.
- Nem neste ano, nem no ano que vem – afirma a secretária.
O prédio está pronto desde o ano passado e chegou a ser oficialmente inaugurado em dezembro. Ainda faltam equipamentos e móveis. A secretária explica que uma verba de R$ 700 mil chegou a ser destinada pelo Estado para o mobiliário, mas, diante da falta de perspectiva de abertura da UPA, a prefeitura decidiu solicitar que o recurso seja destinado ao Hospital São Carlos, que hoje atende a casos de urgência e emergência no município.
O motivo para o adiamento por tempo indeterminado para o funcionamento da UPA ocorre, segundo a secretária, por conta de dificuldades para o financiamento. De acordo com ela, a previsão orçamentária para o município não vai se concretizar em 2017. Rosane diz ainda que não existe expectativa de quando os governos federal e estadual passariam a aportar recursos e, ainda que isso ocorresse de forma breve, o município teria de custear 55% da operação da UPA. A avaliação é que isso demandaria o remanejo de recursos do Hospital São Carlos, o que não é prudente diante da situação financeira delicada da própria instituição.
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O custo mensal para operação da UPA de Farroupilha é R$ 700 mil. A construção da unidade foi autorizada em 2009, quando Ademir Baretta (PMDB) era prefeito. Inicialmente, a previsão era instalar um prédio junto ao Hospital São Carlos. O planejamento mudou durante a administração Claiton Gonçalves (PDT). Um terreno na rua Armando Antonello, no bairro São Luiz, foi a opção da prefeitura.