Instalações públicas mantidas pela prefeitura de Porto Alegre - como prédios e semáforos - serão abastecidas por energia solar a partir de 2026. É o que prevê contrato assinado nesta terça-feira (28) entre a administração municipal e o consórcio Energia Sustentável Sul, formado pelas empresas Energia Sustentável do Piauí e Fontesul Soluções em Energia.
A energia fotovoltaica irá abastecer 441 instalações públicas de Porto Alegre. Entre elas, estão prédios administrativos como o edifício Intendente José Montaury, o Mercado Público, unidades de saúde, semáforos, praças e parques. A economia esperada com o contrato é de R$ 600 mil por ano, com investimento total de R$ 114 milhões em 25 anos.
O fornecimento terá que somar 7 milhões de kWh por ano, o suficiente para atender 100% da demanda de baixa tensão da prefeitura. Prédios como os hospitais ficam de fora por precisarem de média tensão.
A previsão é que a operação, de fato, inicie em 2026. O contrato terá vigência de 26 anos, com o primeiro sendo destinado à instalação das usinas de energia solar, e o restante para operação e manutenção. Os locais ainda serão definidos pelo consórcio e deverão ficar sob área de concessão da CEEE Equatorial, não necessariamente em Porto Alegre.
— É bom que as usinas sejam próximas a subestações da CEEE que tenham a capacidade de receber a energia gerada. Vai ser feito todo um estudo em parceria com a companhia para ver os melhores pontos, porque, daqui a pouco, não compensa a gente colocar a usina numa área bem afastada, onde tem uma área verde, mas sem rede — explica Alex Sander Martins, engenheiro eletricista da Secretaria Municipal da Fazenda.
A prefeitura avalia ser necessária a instalação de cerca de 11 usinas solares, número que pode mudar caso o consórcio desenvolva outro projeto mais eficiente. As unidades serão interligadas à rede da CEEE Equatorial e a produção injetada servirá para abater o consumo dos prédios públicos.
Pelos 25 anos de operação e abastecimento, a prefeitura pagará um total de R$ 114 milhões, ou cerca de R$ 380 mil por mês. A economia esperada com o contrato é de R$ 600 mil por ano nos custos de energia elétrica, o que deve impactar em uma redução de até 10% nas despesas do município, além de redução em torno de 500 toneladas por ano de CO2 na atmosfera.